sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Jornal


Jornal

Corpo pesado, respiração ofegante
Levanto-me cansado, mais um dia
O que me conforta não está distante
Fica ali, dobrando a esquina onde fica a padaria

Lavo meu rosto à contragosto
Não queria levantar e ter que andar
Então escovo, raspo e desço

Vejo o porteiro “Opa”, diz
“Acho que vai chover”
Riscos à correr, meu caro
Sempre assim, sem pressa assim

Sol rachando a cabeça
Quente que amolece os miolos
Não sei se faz bem ou mal
Preciso comprar meu jornal

Mas e a chuva? Mentira

Porteiro que não lê jornal
Põe-se qualquer coisa a falar
Coitado do rapaz
Ignorância capaz de matar.

(LP)

Nenhum comentário:

Postar um comentário