segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Buenas, amigo


"Buenas, amigo"

"Buenas, amigo. Pegue seu palito de dente
Sente ao meu lado, tome um trago. Sinta-se gente".
Assim começo a história do velho Bill.

Bilarmino, velho carroceiro do Novo Mundo
Vinha que vinha às tropas com seus dois burros.
Vivia solito na peleia do papelão
Ora no lixo, Ora no chão.

Levava consigo a medalhinha da santa dos nós
Que desatados nunca estavam, sempre à sós.
Rezava antes de sair de casa,
Rezava.

E de reza em reza, o bar final do dia
Onde em copos de 50 mls afogava a agonia
Intensa agonia,
Mas a desgraçada não morria...

Era um ser humano exemplar,
Vivendo e não sabendo,
Andando, sem caminhar
Vendo, sem enxergar
Na ignorância de ser feliz.

Uma dose, por favor.


(lp)

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