sábado, 27 de setembro de 2008

E,

E,

E, voltando ao trabalho de trabalhar,
Pego a enxada enterrada no meu altar
Abaixo da casa que cai em pedaços
No porão das forcas com seus laços.

Que já não servem, não o servem, nem a mim...

O campo que me espera,
O campo em que o mato cresceu
O mesmo que decompôs meu livro
Livro de poesias que morreu.

Vim para contar, cultivar novas sementes
Uso a força da ferramenta de cavar palmos
E, para regar a vida, choros decentes.

E, voltando ao trabalho de trabalhar...

(lp)

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