terça-feira, 6 de abril de 2010

Aparando o sofrimento



Antes do término do seu adeus
Antes de ouvir o bater da porta
Nada vem além da culpa morta
Esquecida a todo custo.

E lá estava sentado, aparando o sofrimento
Que minha alma escondida esteja
Faça de palavras em ondas curtas
Ecoadas nas matas de intensa beleza.

Navego em nuvens, para não parar
Em pensamentos para não chorar
Em lágrimas para acreditar
Em sorrir para voltar...

Morro no morro que me carregas
Da saudade mórbida que tu me entregas.
Sou o lastro do navio negreiro
Sou teu por inteiro
Sou vida
Sou morte
Sou o que restou da sorte.

Sou o recomeço de tudo...

Romeu Ernani Splitzer

Nenhum comentário:

Postar um comentário